terça-feira, 8 de dezembro de 2009

AREIA AREIA AREIA...AREIA QUE O MAR SACODE

AREIA
Título de uma música da Banda de Pau e Corda que fez sucesso na década de 70.
Eu participava de uma comunidade de jovens católicos na Vila Palmares - na Paróquia Nossa Senhora das Dores do Padre Rubens Chasseraux.
Um padre visionário, defensor da causa do pobre, chamava para si como faz até hoje a responsabilidade de "brigar" por eles, hoje ele tem 70 anos ou mais, mas continua lá, desafiando, cotucando a juventude, fazendo suas pregações contextualizadas e cheias de sabedoria e conhecimento da palavra. Emociona, pois ele retrata a imagem de tantos outros líderes que "lutam solitários", sofrem, desiludem-se, magoam-se, sentem-se abandonados, injustiçados, "traídos" pelo ideiais políticos partidário que tanto defenderam.
Mas aqui não vou dar espaço a tristeza, esse Padre arrebatava jovens corações com sua energia contagiante, levava para as missas de domingo às 18h00 - canções de Chico Buarque, Milton Nascimento, Geraldo Vandré, Mercedez Soza, Banda de Pau e Corda e nós encantados cantávamos a plenos pulmões e violões.
Fazia descidas pela Serra do Mar - Estrada Velha de Santos, ia visitar D. Pedro Casaldáglia no Rio Araguaia e vinha com histórias que eram verdadeiras lições de vida.
Vou registrar aqui a letra da música Areia da Banda de Pau e Corda, bendita internet que trás o passado sem muito esforço, um clic e aqui está o vídeo, a letra, a lembrança a saudade sendo minimamente aplacada:
AREIA
Banda de Pau e Corda
Morena, me diz morena
Pra onde é que você foi
Com esses olhos de preguiça
E essa voz que me tonteia
Ô morena deixa disso
Que eu não sou feito de areia
Areia, areia, areia, areia
Que o mar sacode a gente pisa
areia, areia
Morena, me diz morena
Porque não me olhas mais
Será que você não lembra
Dos momentos na casinha
Que eu vivia em teus braços
Que você inda era minha
Hoje eu vivo pensativo
E essa ausência me aperreia
Ô morena eu já lhe disse
Que eu não sou feito de areia
Ô morena o meu sangue
Quer correr em suas veias
Ô morena volte agora
Que eu não sou feito de areia
Areia, areia, areia
Areia que o mar sacode
A gente pisa areia, areia
E tem também
VIVÊNCIA
outra música memorável dessa banda:
Quem nasceu lá e viveu
Crescendo percebeu
O canto do ferreiro
Da casa do doutor
O velho mensageiro
Das cartas de amor
O homem e o vassourão
Limpando o chão da manhã
Sabe, crê e chora
Vive cada hora
No canto do ferreiro
Da casa do doutor
Quem nasceu lá e viveu
Crescendo percebeu
Viu descer o amor
No céu de cada tarde
Encontros nas esquinas
Corridos pra esconder
A moça e a canção
Deixando a graça para alguém
Sabe, crê e chora,
Vive cada hora
No encontro nas esquinas
nas tardes de amor
Quem nasceu lá e viveu
Crescendo percebeu
Os sinos da capela
Chamando pra rezar
As noites de domingo
As festas do lugar
As rodas de ciranda
E as cantigas de ninar
Sabe, crê e chora,
Vive cada hora
No sino da capela
Nas festas do lugar
Sabe, crê e chora,
Vive cada hora
Presente na lembrança
Ausente do lugar.
Mas o Rubão inda tá lá num ritirou-se não! Vá conferir!
Vania Longo 09/12/2009 - 1h29

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